Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; II Timóteo 3:16
COMO MANUSEAR A BÍBLIA
"E tomou o livro do concerto, e o leu ao ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos." (Êxodo 24:7)
Ao ordenar que a Sua palavra fosse escrita num livro, DEUS a fez herança e bênção para todos os povos.
Dt 17.14 - Quando entrares na terra que te dá o Senhor teu DEUS, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as gentes que estão em redor de mim; 15 - Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu DEUS. Dentre teus ir- mãos porás rei sobre ti; não poderás por homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos.
18 - Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas.19 - E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor seu DEUS, para guardar todas as pa- lavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los; 20 - Para que o seu coração não se levante sobre os seus ir- mãos, e não se aparte do manda- mento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.
Além da necessidade de aceitar a Bíblia como a divina revelação dos propósitos de DEUS para com a humanidade, impõe-se o dever de compreendê-la como um livro, escrito com palavras ao nível da assimilação humana. O fato de DEUS usar a linguagem humana como meio de dar forma escrita aos Seus santos decretos, toma o livro, conhecido como Bíblia, um patrimônio do céu e uma riqueza e bênção para a vida do homem. Compreender isto ajuda a fazer da Bíblia o livro mais amado dos seus leitores e estudiosos.
I. OS LIVROS ANTIGOS
A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolo (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente, cuja entrecasca servia para escrita. Pergaminho é a pele de animais curtida. Seu uso é mais recente que o papiro; vem desde os primórdios da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 2 Timóteo 4.13.
1. O formato primitivo da Bíblia. A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim, vemos que a princípio, os livros sagrados não estavam reunidos uns aos outros como os temos agora em nossa Bíblia. O que tomou isso possível foi a invenção do papel no Século II pêlos chineses, bem como a do prelo de tipos móveis em 1450 d. C. por Gutenberg, tipógrafo alemão. Até então era tudo manuscrito pêlos escribas, de modo laborioso, lento e oneroso. Quanto a este aspecto da difusão da Sua Palavra, DEUS tem abençoa- do maravilhosamente, de modo que hoje em dia milhões de exemplares das Escrituras são impressos com rapidez e facilidade em muitos pontos do globo. Também, graças ao progresso alcançado no campo das invenções e da tecnologia, hoje podemos transportar com toda comodidade um exemplar da Bíblia, coisa impossível nos tempos primitivos.
Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais, os rolos sagrados das escrituras hebraicas continuam em uso nas sinagogas judaicas.
2. O vocábulo "Bíblia". Este vocábulo não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion", e vários destes era uma "bíblia". Portanto, literal- mente, a palavra bíblia quer dizer "coleção de livros pequenos". É consenso geral entre os doutores no assunto que o nome Bíblia, foi primeiramente aplicado às Sa- gradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no IV Século da nossa era.
Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O LIVRO, isto é: O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como O Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é "A revelação de DEUS à humanidade".
3. Nomes da Bíblia. Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a si mesma, isto é, nomes canônicos, são:
a. Escrituras (Mt 21.42). b. Sagradas Escrituras (Rm 1.2.) c. Livro do Senhor (Is 34.16). d. A Palavra de DEUS (Mc 7.13). e. Oráculos de DEUS (Rm 3.2 - ARA).
II. A ESTRUTURA DA BÍBLIA
A estrutura da Bíblia compreende a sua composição, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classificação por assuntos, divisões em capítulos e versículos, e certas particularidades indispensáveis.
1. Os dois Testamentos. A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo e Novo Testa- mento, tendo ao todo 66 livros; sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo. Estes 66 livros foram escritos num período de mais ou menos 16 séculos por cerca de 40 autores distintos. Aqui está um dos milagres da Bíblia. Esses escritores pertenciam às mais variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, regiões e continentes diferentes, distantes uns dos outros, em épocas e condições diferentes. Entretanto seus escritores formam uma harmonia perfeita. Isto prova que UM Só os dirigiu no registro da revelação divina,
2. O Antigo Testamento. Como já dissemos, o Antigo Testamento contém 39 livros, e foi escrito originalmente em hebraico, com exceção de pequenos trechos que estão em aramaico. Seus 39 livros estão classificados em 4 grupos, conforme o assunto a que pertencem. São eles:
a. Lei. São 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. São comumente chamados de O Pentateuco. Esses livros tratam da origem de todas as coisas, da Lei, e o estabelecimento da nação de Israel.
b. História. São 12 livros: de Josué a Ester. Registram fatos ocorri- dos no período compreendido pela teocracia, monarquia, reino dividi- do, e pós-cativeiro de Judá.
c. Poesia. São 5 livros, de Jó a Cantares de Salomão. São chama- dos poéticos, não porque sejam cheios de imaginação e fantasias, mas devido ao gênero de seu conteúdo. São também chamados devocionais.
d. Profecia. São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estes estão divididos em profetas maiores (Isaías a Daniel - 5 livros), e profetas menores (Oséias a Malaquias - 12 livros) .
3. Novo Testamento O Novo Testamento se compõe de 27 livros. Foi escrito em grego. Seus livros estão classificados em 4 grupos. São eles:
a. Biografia. São os 4 Evangelhos. Descrevem a vida terrena de JESUS CRISTO e seu glorioso ministério. Todos os livros que os precedem tratam da preparação para a manifestação de JESUS CRISTO, e os que se lhes seguem são explicações da doutrina de CRISTO.
b. História. É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história dos primeiros anos da Igreja, seu viver, a pregação do Evangelho; tudo feito na força do ESPÍRITO SANTO, conforme JESUS prometera (At 1.8).
c. Epistolas. São 21 as epístolas ou cartas, e vão desde Romanos até a epístola de Judas. Elas contêm a doutrina da Igreja.
d. Profecia. É o Livro de Apocalipse ou Revelação. Trata dos eventos que terão lugar na terra imediatamente após o arrebatamento da Igreja do Senhor JESUS CRISTO.
III. COMO MANUSEAR A BÍBLIA
2. Como ler e escrever referências bíblicas. O sistema mais simples e rápido para escrever referências bíblicas é o seguinte: duas letras, sem ponto, para cada livro da Bíblia. Por exemplo:
• l Jo 2.4 (l João capítulo 2, versículo 4).
• Jó 2.4 (Jó capítulo 2, versículo 4).
• Jn 2.4 (Jonas capítulo 2, versículo 4).
• l Pé 5.5 (l Pedro capítulo 5, versículo 5).
• Fp 1.29 (Filipenses capítulo l, versículo 29).
• Fm v. 14 (Filemom, versículo 14).
3. Diferença entre as partes da Bíblia. Para efeito de estudo e com- preensão da Bíblia, é interessante que atentemos para a diferença entre suas partes, assim definidas:
a. Texto. São as palavras contidas numa passagem.
b. Contexto. É a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro.
c. Referência. É a conexão direta sobre determinado assunto. As referências podem ser verbais e reais. A primeira é um paralelismo de palavras; a segunda, de assuntos ou idéias.
d. Inferência. É uma conexão in- direta entre assuntos. É uma ilação ou dedução.
De acordo com o texto bíblico básico desta lição (Dt 17.14,15,18- 20), os reis de Israel tinham o dever de possuir um traslado da lei do Senhor, "e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o Senhor seu DEUS, para guardar to- das as palavras desta lei, e estes estatutos, para fazê-los; para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel".
Face à possibilidade de adquirir e ler a Bíblia Sagrada, mais que um privilégio, constitui-se num sagrado dever da nossa parte lê-la e dela jamais nos desviarmos.
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Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre. Salmos 133:1-3
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"E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui." Gálatas 6:6
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