Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; II Timóteo 3:16
TODA A ESCRITURA DIVINAMENTE INSPIRADA É PROVEITOSA PARA ENSINAR!
"Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido." (Jó 32:8)
É A INPIRAÇÃO DIVINA QUE FAZ DA BÍBLIA UM LIVRO SINGULAR, ISENTO DE CONTRADIÇÕES E ERRO
"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." (2 Timóteo 3:14-17)
"E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pedro 1:19-21)
O uso teológico da palavra inspiração tem a finalidade de designar a influência controladora que DEUS exerceu sobre os escritores da Bíblia. Tem a ver com a habilidade comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, de receber a mensagem divina e de registrá-la com absoluta exatidão.
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina. É devido à sua inspiração que a Bíblia é chamada A Palavra de DEUS.
l. O FATO DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Existe a necessidade de que compreendamos a contribuição exata do fato de que a inspiração divina das Escrituras resume a totalidade do propósito divino na revelação. Este é um assunto que precisa ser exposto com a mais absoluta clareza face às objeções contra ele levantadas.
Contra a crença de que as Escrituras resumem em si a totalidade do propósito da revelação divina, levantam-se os seguintes argumentos:
1. CRISTO versus apóstolos. Um conceito que tem sido formulado consiste em distinguir entre a suposta crença de CRISTO e a dos após- tolos. Tem o propósito de apresentar CRISTO em oposição aos apóstolos, procurando salvá-los das errôneas tradições dos juDEUS, incluindo evidentemente a crença na inerrância das Escrituras. Procurando dar base escriturística a esta errônea interpretação valem-se de passagens bíblicas, como: Mateus 22.29; Marcos 12.24 e João 5.39.
Acerca destas passagens, pode- se demonstrar com relativa facilidade que a primeira delas foi dirigida não aos apóstolos, mas aos saduceus e não há evidência de que essa crítica tivesse sido dirigida àqueles apóstolos que escreveram o Novo Testamento, nem tampouco aos que não o escreveram. Qualquer que seja a interpretação da frase da segunda referência ("porque julgais ter nelas a vida eterna") é o oposto da nossa crença de que as Escrituras do Antigo Testamento "são as que testificam" de CRISTO (Cf. Lc 24.27).
2. Acomodação. Segundo este argumento, os apóstolos criam que a inerrância das Escrituras judaicas se constituía numa teoria insustentável. Deste modo, em vez de adotarem uma linha de interpretação revolucionária, os escritores do Novo Testamento decidiram por acomodar a sua linguagem à realidade espiritual de seus dias. Um dos principais defensores deste argumento, disse que "as Escrituras do Novo Testamento estão completamente dominadas pelo espírito de sua época, assim o seu testemunho concernente à inspiração das Escrituras carece de valor independente".
3. Ignorância. De igual maneira se diz que os apóstolos eram "homens sem letras e indoutos" (At 4.13) e, portanto, estavam sujeitos a errar, e que CRISTO, devido à sua encarnação, sabia apenas um pouco acima dos seus contemporâneos. Ainda, segundo este argumento,
uma vez que CRISTO não teve acesso às descobertas científicas do nosso tempo, não podia ter estado muito acima do nível cultural da sua própria época.
4. Contradição. Sempre tem havido quem discuta no tocante a supostas "contradições", "inexatidões" e "inconsistências" das Escrituras. Segundo esses críticos, um livro não pode ter tão grande valor como o atribuído à Bíblia, quando contém todos estes elementos.
Os assuntos tratados nesta divisão não são algo novo. A negação da origem divina das Escrituras tem aparecido em todas as gerações neste mundo onde medra a incredulidade. A raiz do problema está no que se há de aceitar como última palavra no assunto: Devemos aceitar o ensinamento da Bíblia ou ensinamento dos homens?
II. TEORIAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Quanto à inspiração da Bíblia, existem várias teorias falsas, contra as quais o cristão deve precaver-se. Dentre elas destacam-se as seguintes:
1. A teoria da inspiração natural humana. Essa teoria ensina que a Bíblia foi escrita por homens de inigualável inteligência. Os defensores desta teoria são da opinião de que assim como têm havido artistas excepcionais, músicos e poetas que têm produzido obras de vulto, também existiram homens dotados duma percepção espiritual tão excepcional que, devido os seus dons inatos, puderam escrever a Bíblia. Esta é a forma que acham para negar a sobrenaturalidade do texto sagrado.
2. A teoria da inspiração divina comum. Essa teoria ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia é a mesma que hoje nos vem quando oramos, pregamos, cantamos, etc. Assim entendido, qualquer pessoa com maior ou menor nível de inspiração, seria capaz de escrever outra Bíblia.
Tal teoria é errônea, uma vez que a inspiração comum, que o ESPÍRITO SANTO hoje nos comunica, admite gradação, isto é, pode manifestar-se em maior ou menor intensidade, ao passo que a inspiração dos escritores da Bíblia não admite graus. O escritor era ou não inspira- do.
3. A teoria da inspiração parcial. Ensina que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. Ensina que a Bíblia não é a Palavra de DEUS, mas que ela apenas contém a Palavra de DEUS. Evidentemente essa teoria vem de encontro à declaração do Apóstolo Paulo segundo a qual "Toda Escritura é inspirada por DEUS..." (2 Tm 3.16 - ARA).
4. A teoria do ditado verbal. Ensina que a inspiração da Bíblia é somente quanto às palavras, não deixando lugar para a atividade e estilo do escritor, patente em cada livro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de fatos conhecidos para escrever o seu Evangelho (Lc 1.3).
5. A teoria da inspiração das idéias. Essa teoria ensina que DEUS inspirou as idéias da Bíblia, mas não as suas palavras; estas ficam a cargo dos escritores.
III. O CONCEITO CORRETO DE INSPIRAÇÃO
Não basta mencionar as teorias falsas quanto à inspiração das Escrituras; necessário se faz tratar do que bíblica e teologicamente se entende por inspiração divina das Escrituras.
1. Inspiração Plenária ou Verbal. A teoria correta da inspiração da Bíblia é chamada "Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal". Ela ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não funcionaram como simples robôs, mas que houve cooperação vital entre eles e o Espírito de DEUS que neles agia.
A teoria da inspiração plenária ou verbal afirma que homens santos de DEUS escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém, sob a influência poderosa do ESPÍRITO SANTO, de sorte que o que eles escreveram foi a Palavra de DEUS. Ensina que a inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento, e que depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer outro servo de DEUS pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.
2. Revelação e Inspiração Divinas. A inspiração das Escrituras só pode ser compreendida à luz da revelação de DEUS. Revelação é a ação de DEUS pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que o homem por si só jamais poderia saber (Dn 12.8; l Pé 1.10,11). Certamente que a inspiração nem sempre implica em revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por DEUS, mas nem toda ela foi dada por revelação. São Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e averiguar fatos notórios, a fim de escrever o terceiro Evangelho (Lc 1.1-4). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara no seu dia-a-dia, como relata o Pentateuco.
IV. PROVAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Dentre outras provas da inspiração das Escrituras, mencionaríamos as seguintes:
1. A aprovação da Bíblia por JESUS. JESUS aprovou a Bíblia ao lê- la (Lc 4.16-20), ao ensiná-la (Lc 24.27), ao chamá-la "a palavra de DEUS" (Mc 7.13), e ao cumpri-la (Lc 24.44).
Quanto ao Novo Testamento, em João 14.26, o Senhor antecipada- mente pôs nele o selo de sua aprovação divina, ao declarar: "Mas aquele Consolador, o ESPÍRITO SANTO, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". Assim sendo, o que os apóstolos ensinaram e escreveram não foi a recordação deles mesmos, mas a do ESPÍRITO SANTO. JESUS disse ainda que o ESPÍRITO SANTO nos guia- ria em "toda a verdade" (Jo 16.13,14). Portanto, no Novo Testa- mento temos a essência da revela- ção divina.
2. O testemunho do ESPÍRITO SANTO no crente. Em cada pessoa que aceita a JESUS como Salvador, o ESPÍRITO SANTO põe na sua alma a certeza quanto à autoria e inspiração divina das Escrituras. É algo instantâneo. Não é preciso ninguém ensinar isso. Quem de fato aceita a JESUS como Salvador pessoal, aceita também a Bíblia como a Palavra de DEUS, sem argumentar.
3. O fiel cumprimento da profecia. Inúmeras profecias se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; inúmeras outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras cumprir-se-ão no futuro.
O cumprimento contínuo das profecias bíblicas é uma prova da sua origem divina. O que DEUS disse, sucederá (Jr 1.12).
Glória a DEUS por tão sublime livro!
4. A Bíblia é sempre nova e inesgotável. O tempo não exerce nenhuma influência sobre a Bíblia.
É o livro mais antigo do mundo, e ao mesmo tempo o mais moderno. Em mais de vinte séculos o homem jamais pôde melhorá-la. Um livro humano já teria caducado em bem menos tempo. Para o salvo, isto constitui insofismável prova da Bíblia como a imutável Palavra de DEUS.
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"E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui." Gálatas 6:6
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