Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; II Timóteo 3:16

A Fé é o Elemento Vital Para o Sucesso do Cristão

A Fé é o Elemento Vital Para o Sucesso do Cristão
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A FÉ É O ELEMENTO VITAL PARA O SUCESSO DO CRISTÃO

 

"Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.” (Hebreus 10:38)

ESSA CAMINHADA NÃO PERMITE RETORNOS
 
Precisamos até o fim, com nossos olhos fitos no “Autor e Consumador da Fé”: 
 
"Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus." (Hebreus 12:2)
 
Perseverar, obtendo os resultados dessa fé que é “O firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova de coisas que não se vêem”:
 
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem." (Hebreus 11:1)
 
A fé verdadeiramente bíblica pode nos tornar vitoriosos e experimentar bênçãos maiores que pensamos, visto que Jesus é poderoso para fazer “ infinitamente mais” através da nossa fé que é a nossa vitória, pois, a Palavra testifica:
 
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5:4)

Nessa caminhada, mesmo nos cristãos, existe diferenças de medidas de fé, onde um pode ter uma maior ou menor medida de fé:
 
"Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um." (Romanos 12:3)
 
Sendo assim, as diferenças dos benefícios produzidos por ela, podem variar.
 
Esse estudo tem a intenção de nos levar as maiores bênçãos espirituais, muitas vezes não vividas ou praticadas por nossa falta ou pequena fé.

1. A FÉ PODE TORNÁ-LO VERDADEIRAMENTE SANTO.

Sem santidade ninguém verá ao Senhor:
 
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12:14)
 
Precisamos da presença de Deus não apenas após essa vida terrena. Precisamos dela hoje, pois ela pode ser o refrigério para nossas dores lutas e toda sorte de dificuldades.
 
PRECISAMOS DE DEUS, PRECISAMOS DA SANTIDADE, QUE É A CONDIÇÃO PARA SUA MANIFESTAÇÃO
 
Por isso, use sua fé para a apropriação da santidade que já foi alcançada por Cristo, na cruz, por você. Não permita que sua frágil condição e seus dilemas pessoais lhe roubem a fé que pode produzir a santidade plena em você.
 
Essa santidade plena e instantânea produzirá as características inerentes a ela em você. Sendo assim, você terá alegria, paz, amor:
 
"Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade." (Efésios 3:16-18)
 
E quando, necessário, essa mesma fé e santidade farão com que você tome consciência do que é ter “a mente” de Cristo em relação a vários aspectos do cotidiano.

A oração, os gemidos, o coração de Cristo poderá se manifestar a tal ponto que, sua vida de abnegação e serviço poderão se tornar a sua vida. Para que vida seja continua, sua fé, responsável por tal feito, precisara ser renovada.
 
O segredo, portanto, é olhar para o “AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ” (Hebreus 12:2)
 
NÃO OLHE PARA SI PRÓPRIO, PARA OS SEUS RECURSOS, PARA SUA CONDIÇÃO.
 
Olhe para Cristo, a fé é o canal, o meio para esse fim. Esse fim é a glória de Deus em tudo que somos e fazemos:
 
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus." (1Coríntios 10:31)
 
Em suma, Deus quer, através da sua medida de fé, manifestar ainda mais sua glória. Por isso seja santo, agora, através da sua medida de fé.
 
SEJA OUSADO, DESEJE MAIS A GLÓRIA DE DEUS
 
Aumente sua medida de fé. A santidade de Deus em nós é o cumprimento das suas promessas e requisitos e não dos nossos argumentos falhos e inconstantes.
 
A falta de santidade, não trata-se de uma possível falta de elevadas obras, mas de uma firme convicção naquilo que Deus já tem produzido e proporcionado.

A santidade de Deus está fundamentada no “está consumado” de Jesus, na cruz:
 
"Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito." (João 19:30)
 
E sua eficiente pratica em nós revela-se na apropriação que temos feito dela. Deus já de antemão preparou obras nas quais devemos andar:
 
"Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:10)
 
O QUE CARECEMOS É O ENCHIMENTO DO ESPÍIRITO SANTO
 
Para que esse Espírito Santo, nos enchendo, queime todo pecado, tudo aquilo que é contrário a sua natureza santa e gloriosa. Consumindo-nos, onde todo egoísmo e glória pessoal humana desfazem-se por completo, assim nosso corpo estará sendo oferecido como “sacrifício vivo”:
 
“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2)
 
A santidade de Deus se revela pela separação ao mundo, que antes de tudo, temos em nosso coração.
 
E não somente nas relações manifestas exteriormente. A santificação da intenção é a base para a manifestação e o testemunho da luz e do sal, ao mundo. Sendo assim, com a santidade de Cristo no coração e anseio por sua glória, podemos por andarmos em todo lugar, manifestar a “fragrância do seu conhecimento”
 
"Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento; porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo?" (2 Coríntios 2:14)

2. A FÉ pode levar SEUS OLHOS para ONDE “CRISTO ESTÁ ASSENTADO”.
 
Jesus afirmou que seu reino não é deste mundo e que, embora estejamos no mundo, não pertencemos ao mundo:
 
"Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós." (João 17:11)
 
O apóstolo Tiago afirmou que quem deseja se tornar amigo de Deus necessariamente se torna inimigo do mundo: 
 
"Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tiago 4:4)
 
O MUNDO É APRESENTADO NA PALAVRA COMO UM CONJUNTO DE VALORES CONTRÁRIOS A DEUS
 

 

O mundo tem seus sistemas, seus métodos, suas fórmulas. A ênfase naturalista marcante tem um fim mesmo, e o resumo de toda pratica mundana visa os interesses do homem. Adaptando o meio para tal fim. Observado, com os olhos do entendimento da fé abertos, percebemos, que não de hoje, a igreja tem assimilado as praticas humanas e sutilmente introduzido elas na igreja.
 
Paulo aos Coríntios disse que “Um pouco de fermento leveda toda massa”
 
"Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado." (1 Coríntios 5:6-7)

O FERMENTO, como símbolo do PECADO, está impregnado na Igreja, sutilmente, de tal forma, que PRECISAMOS NOS ENCHER DO ESPÍRITO SANTO, para que o discernimento abra os nossos olhos para a realidade:
 
"Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas adultos no entendimento." (1 Coríntios 14:20)
 
"E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus." (Efésios 3:19)
 
A vida essencialmente espiritual precisa brotar nos nossos corações e alimentar a alma. O que verdadeiramente alimenta a alma é o Pão espiritual:
 
"Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus." (Mateus 4:4)
 
TRISTEMENTE ESSE PÃO ESPIRITUAL TEM SIDO TROCADO PELO PÃO MATERIAL
 
Tudo em nome da teologia da prosperidade. Jesus disse que pelos frutos nos conheceriam. Em outra passagem ele afirma:
 
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13:35).
 
Como temos sido interpretados pelo mundo como cristãos? Pelos bens, pela riqueza, sucesso material necessário.

O próprio mundo tem entendido o evangelho como sinônimo de sucesso material.
 
Precisamos refletir e buscarmos entender a verdadeira razão do crescimento da igreja. A forte ênfase para a manifestação de Cristo e da sua vida recai na mortificação da carne e suas concupiscências.
 
O GENUÍNO CRESCIMENTO ESPIRITUAL RECAI NA MORTIFICAÇÃO DOS PRAZERES CARNAIS E MUNDANOS
 
Paulo, enquanto habitante deste mundo, pela incompreensão gerada pela sua palavra, dizia que o “Evangelho é loucura”:
 
"Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem." (1 Coríntios 1:18-21)
 
Sinceramente, quanto o Evangelho tem sido interpretado como loucura pelo mundo, hoje?
Será que não existem os psiquiatras do Evangelho que desejam torna-lo normal aos olhos do mundo, quando ele deveria ser loucura?
 
O coração, como sede do entendimento, das intenções, das emoções, dos próprios cristãos, está saturado por apelos que não condizem com Cristo e a realidade do seu reino.

Jesus disse: “MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO”
 
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui." (João 18:36)
 
No entanto, não somente a propaganda do sucesso material secular, mas a propaganda da igreja vem, aos poucos, incentivando e conclamando ouvintes a um estilo de vida mercantil: DE SUCESSO MATERIAL, INFALÍVEL, NA IGREJA.
 
Cristo “HABITA NOS CORAÇÕES PELA FÉ”
 
"Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor." (Efésios 3:17)
 
Além de habitar nos céus com dimensões vastas e inexplicáveis, porém temos permitido e desejado que nossos corações estejam desvendados para então contemplarmos a glória do alto e sermos, assim, “ transformados de glória em glória”:
 
"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." (2 Coríntios 3:18)

3. A FÉ Verdadeira provém DE CRISTO.
 
A fé como elemento da vida cristã, tem sua origem em Cristo. O autor e consumador. Tudo foi feito por Ele e para Ele:
 
"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele." (Colossenses 1:16)
 
"Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus." (Hebreus 12:2)
 
A fé não pode se interpretada como algo separado de Cristo, à parte da Bíblia e do Espírito Santo, se como cristãos pudéssemos nos valer dela, sem que os reais interesses de Cristo e necessidades da igreja fossem supridos.
 
Existe a fé independente, entendida como um poder divinizante, dos círculos místicos, e que não tem nenhum interesse nas coisas relacionadas a Cristo. É oriunda e centrada no homem. Como sua origem não provém de Cristo e donde Ele está assentado:
 
"Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus." (Colossense 3:1)
 
Essa fé pode ser entendida também como uma força motivacional. As empresas, no mundo dos negócios, visando ampliar mercados e qualificar os produtores e consumidores de tecnologia, utilizam-na todo vapor, com relativo sucesso. Essa fé, independente de Cristo, não tem nenhuma ligação também aos ensinos de Cristo. Ela explora e aperfeiçoa o necessário humano. A sua presença na igreja é evidente. Onde ela é ensinada pouco se fala de santificação pratica.
 
Como sua origem é terrena seus interesses serão terrenos.
 
A fé bíblica, testemunhada na galeria da fé em Hebreus capítulo 11, trata-se de uma fé provada, diretamente ligada com a cidade, cujo arquiteto é Deus (Hebreus 11:10 ).
 
Não se trata de uma mera força motivacional, mas, de uma firme convicção pela busca dos valores de Cristo.
 
Ao contrario da fé moderna, elaborada em laboratórios artificiais, a fé, dos heróis de Hebreus, foi provada com toda sorte de dificuldades.
Onde a vida dos tais foi colocada em xeque em virtude dela.
A glória e santidade de Cristo fora vislumbrada tal ponto, que os anseios mais ardentes de tais exemplos de fé era Cristo.
Buscá-lo, tê-lo, era a ânsia mais profunda.
 
A VERDADEIRA FÉ NOS LEVA À CRISTO.
 
Tudo foi criado por Ele e para Ele, inclusive você.
 
"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele." (Colossenses 1:16)
 
VOCÊ FOI CRIADO PARA A GLÓRIA DE CRISTO
 
"A todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que formei e fiz." (Isaías 43:7)
 
Grandes aglomerações de fé tornam-se freqüentes, onde estádios, avenidas são tomadas, a mídia disponível aos pregadores cristãos é uma realidade e eles tem se valido deste meio.
Não se discute a fé do ouvinte e a intenção do pregador; o que precisa se discernir é o autor e o alvo final dessa fé.
 
É a promoção da glória de Cristo? Ou a promoção de um empreendimento pessoal?
 
Não se questiona, no discernimento, a idoneidade dos milagres, mas a intenção da pregação, o reino de Deus ou o reino dos homens?

4. A FÉ e os PROFETAS no CONTEXTO MODERNO.
 
O testemunho de Jesus é o Espírito da profecia (Apocalipse 19:10).
O Espírito de Deus, como agente inspirador dos profetas, apóstolos e homens de Deus, ao longo dos períodos tem ensinado, direcionado e encaminhado os homens ao propósito divino de salvação.
 
O Espírito Santo “esquadrinha as profundezas de Deus”:
 
"Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus." (1 Coríntios 2:10)
 
E desde nossos primeiros passos, como crianças espirituais, começamos a entender os mistérios de Deus. Nosso caminhar neste mundo, desde já se constitui numa perene e continua busca pelo “dia perfeito”.
 
Essa é a “VEREDA DO JUSTO”:
 
"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." (Provérbios 4:18)
 
NÃO PODEMOS NOS CONFORMAR COM ESSE SÉCULO, COM AS ÊNFASES DO MUNDO MODERNO.

Somos profetas no sentido de que a Palavra, Cristo em nós, aguarda ansiosamente nossa completa redenção, o “Espírito e a noiva dizem vem” (Apocalipse 22:17). O Espírito Santo, como o agente dos eternos planos divinos em relação a nós, “geme” (Romanos 8:26), para nos libertar do cativeiro, para então sermos postos para a “liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8:21).
 
Enquanto no deserto deste mundo, não podemos retroceder, voltar à vida do Egito.
 
Como o Egito, o mundo, espiritualmente falando, não pode ser localizado geograficamente, não podemos adaptá-lo com sua velha vida, à igreja, em forma de satisfação e ênfase nos desejos.
 
Toda sorte de dificuldades e obstáculos servem para provar nossa fé, como no deserto, tudo contribui para nosso bem, pois fomos chamados para o propósito de Deus. Estar em Canaã.
 
No entanto, no percurso as dificuldades aparecem, assim como para israelitas, para nós. O Egito, ainda tão vivido e presente nos corações daqueles recém libertos eram evidentes.

Além das reclamações e murmúrios, criaram o ídolo, o bezerro de ouro (Êxodo 32:8). A fé deles se desviou do Deus que havia os libertado para um dos deuses do antigo sistema do qual faziam parte.
 
Quando Deus, sua glória, sua sabedoria, seus desígnios não são suficientes, os acessórios aparecem em forma de solução. Assim pode ocorrer na igreja. Aquilo que antes a igreja combatia, agora acaba sendo aceito, como acessório de evangelismo.
 
Nossa auto-analise envolve a seguinte questão: quanto nos temos valido do mundo, para a obtenção do sucesso espiritual, que imaginávamos possuir?
 
Será que não estamos contaminados pela “síndrome de Asafe” que nos leva a olhar por cima dos muros da vizinhança?
 
Onde então questionamos nossa própria vida cristã, em função do sucesso material alheio, dos não-cristãos.
 
A verdade é que nos colocamos em jugo desigual, onde minimizamos os valores e profundidade das riquezas de Cristo:
 
"Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória" (Romanos 9:23)
 
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" (Romanos 11:33)
 
"Sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos" (Efésios 1:18)
 
Em troca das lentilhas:
 
"E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. Respondeu Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Então replicou Esaú: Eis que estou a ponto e morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura?
 
Ao que disse Jacó: Jura-me primeiro. Jurou-lhe, pois; e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Jacó deu a Esaú pão e o guisado e lentilhas; e ele comeu e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura." (Gênesis 25:30-34)

5. A FÉ e A ESCATOLOGIA.
 
Jesus indagou se ainda haveria fé na terra quando o Filho do homem voltar:
 
"Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" ( Lucas 18:8)
 
Paulo e Pedro predisseram que nos últimos dias haveria uma apostasia generalizada:
 
"Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses.

Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade." (2 Timóteo 3:1-7)

"Amados, já é esta a segunda carta que vos escrevo; em ambas as quais desperto com admoestações o vosso ânimo sincero; para que vos lembreis das palavras que dantes foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, dado mediante os vossos apóstolos; sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.

Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios." (2 Pedro 3:1-7)

VIVEMOS DIAS DE UM ENTUSIASMO CRISTÃO AVASSALADOR
 
As perspectivas de lideres, pastores e daqueles que são designados como apóstolos, profetas, mestres, etc., abarcam a idéia de que o mundo será alcançado mediante o poder do Evangelho.
 
Diante do entusiasmo profético em comparação as perspectivas bíblicas sobre o fim dos tempos, qual será a realidade que nos aguarda?
 
Fé como sinônimo de confiança, de convicção, envolve muito mais aspectos do que imaginamos.

Quando Jesus questiona a existência de fé nos dias anteriores à sua vinda, certamente podemos concluir que esses dias, seriam dias onde a convicção em valores eternos, seria nula.
 
A apostasia, o abandonar, o deixar, predito por Cristo pelos apóstolos Paulo e Pedro, não se trata de algo instantâneo, imediato.
 
Certamente se trata de uma profecia que se cumpre ao longo dos tempos, já nos dias da igreja primitiva, onde ela se encaminha, gradativamente, para seu pleno cumprimento.
 
O ápice são os dias anteriores a vinda Cristo. Precisamos ser sóbrios e vigilantes.
 
Precisamos nos certificar de que não estejamos usando na igreja métodos e práticas que, por menor que sejam nas conseqüências, afaste nossa convicção na suficiência de Jesus, da Palavra, do Espírito.
 
Precisamos ser sinceros numa auto-analise, a fim de nos certificar, até que ponto, os meios utilizados pela igreja, para a propagação do evangelho, não acabam sendo instrumentos para o encaminhamento do cristianismo, para tal fim, de apostasia.

Essa apostasia será o reflexo de ênfases invertidas da igreja. Prosperidade material, pouca ênfase e prática de santificação, critérios distorcidos na seleção dos lideres dentre outras características da igreja moderna, são agentes diretos que, desde já contribuem para o encaminhamento da igreja para os dias profetizados, tanto por Cristo quanto por Paulo.
 
Uma das fortes características do período apocalíptico evidente no livro profético de João é a acirrada atividade mercantil (Apocalipse 18).
 
A busca pelo lucro obsessivo não tem limites, anticristãos, por parte dos promotores e fomentadores do amor ao dinheiro. Os valores mundanos, destacadamente anticristãos se tornam a alma da propaganda pela louca busca do lucro.
 
O sexo, descrito como santo, incentivado na Bíblia dentro dos padrões e condições estabelecidas por Deus, tem se reduzido como uma mera arma mercantil nos dias atuais.
 
Essa tendência revela àquilo que a Bíblia sempre combate e revela nos homens de todos os tempos, a prostituição.

A prostituição, em todos os tempos, além do prazer pervertido, e de uma afronta direta aos padrões divinos, se revela como fundamento de lucro. Como o lucro será uma das características fundamentais dos últimos tempos, segundo o livro de Apocalipse, os promotores dele, se valerão de todos os meios possíveis para sua obtenção.
 
Em função disso, a moda, o vestuário sensual, os apetrechos de enfeites, são utilizados para estimular o apetite do instinto sexual humano. Esses estímulos para o sexo desmedido adentram na área da instituição divina do casamento. O casamento, monogâmico, heterossexual, tradicionalmente bíblico e aceitável aos olhos de Deus tem sido substituído por relações convenientes e pragmáticas de satisfação, sem compromissos (ceticismo).

Essa também é uma das características fortes dos últimos tempos, Jesus disse que os “últimos dias seriam como nos dias de Noé” (Mateus 24:37). Onde “casavam e davam se em casamento”.
 
Paulo disse que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Timóteo 6:10). Seria conveniente ainda, descobrir, até que ponto, como igreja, em nossa auto-análise, ser a glória de Deus ou o amor ao dinheiro, nossa razão maior.
 
E se amor ao dinheiro, não está disfarçado em nome de grandes e ambiciosos projetos pessoais.
 
QUAL É A REAL INTENÇÃO DESSES GRANDES PROJETOS DENOMINACIONAIS MODERNOS?
 
O dinheiro ou a glória de Deus.
 
Talvez a resposta se encontre na liberalidade que a igreja tem dado em práticas pecaminosas, encontradas dentro da igreja, e pouco combatidas (santificação) pelos pregadores do Evangelho.
 


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